terça-feira, 19 de junho de 2012

ÁRVORES DA MINHA INFÂNCIA


Regina e Aleixo, no Rio, em 19.05.12.
Eu tenho uma espécie de afinidade com o reino vegetal. Preciso da presença das plantas no meu contexto. Desde bem pequena gosto de jardinagem. Mesmo quando morei em pequenos espaços, senti necessidade de cultivar plantas em alguns vasinhos. 
Houve uma época em que realmente acreditava ser a Regina dos dedos verdes. Meu amor pelas plantas costuma surtir bons resultados e sou agraciada com sua beleza e perfume!

Acácia Imperial ou Chuva de Ouro.
Creio que parte é influência de minha infância. Meus irmãos e eu nascemos e crescemos em uma casa com jardim e quintal grandes. Eram muitas árvores ao redor. Dentre tantas, lembro-me especialmente de duas acácias ou chuvas de ouro sempre floridas em nosso jardim.

Amoreira de minha infância.
No quintal, as duas mangueiras que meu pai plantou juntas anos antes da chegada das crianças. Nela aprendemos a subir em árvores e a desfrutar a delícia das mangas extremamente doces.  Sob suas copas generosas, tínhamos sempre sombra para as nossas brincadeiras diárias. E era ali perto que papai organizava as nossas festas juninas que jamais esqueceremos.
Havia um pé de amora na vizinhança. Ficava em um lote vago na esquina  da rua cinco com a viela que chamávamos de Taguatinga. Ele era enorme e eu sempre fui doida por amoras. Enquanto estava carregada, estávamos por lá, provando as frutas docinhas e vermelhas.
Algodão no pé.
Nos finais de semana, nós íamos à casa de minha avó Madalena, na antiga Vila Coimbra. Era quase uma espécie de passeio ao campo, porque havia poucas casas próximas. Vovó tinha um pé de algodão em seu quintal e eu era apaixonada por aquele arbusto.  Eu adorava observá-la pegar o algodão e enrolá-lo de maneira a usá-lo em suas rendas de bilro.
Árvore da Shamballa.
Hoje temos inúmeras árvores à nossa volta. Elas cresceram muito desde que mudamos para cá. Quando precisamos cortar alguma, eu sofro bastante, mesmo planejando tudo antes e plantando outras para substituí-las.
Tenho especial ligação com os jatobás e os angicos. Numa delas, os periquitos fazem ninho aproveitando a casa de cupim. Posso apreciar sua alegria e ouvir o canto dos filhotes atuais que voam de uma árvore para outra.
Mas gosto muito das arvores menores como as bananeiras, pitangueiras e outras fruteiras.
Periquitos da Shamballa.
Aleixo me falou de um grande jequitibá de sua infância na fazenda de seu avô. Era muito alto e imponente. Nenhuma outra árvore podia se comparar àquela, pois era muito grossa e reta em direção às nuvens. Não tinha galhos ao longo de seu tronco, apenas uma copa ampla como se fosse um pinheiro gigante.
Afinal, pertencemos à geração que se encantou com a leitura do livro – Meu Pé de Laranja Lima... Atestado de antiguidade, não é?

Nenhum comentário:

Postar um comentário